"Resistir Ao Desconforto, Rigido Desgosto"

"Se a Vida Fosse Flores, Cantaríamos Flores." - Confronto.

sábado, 2 de maio de 2009

Era Uma Casa, Muito Engraçada.........


Não importa......
se ja fui um vilão.....
ou ja fui um herói.....
não importa....

só não consigo...
deixar morrer assim.......

como posso?
se durante tanto tempo,
eu te tive aqui.....
se durante tanto tempo,
eu sempre estive com vc....

ouvindo seus passos de adeus.....
eu tentei,
apagar minha consciência,
tentei repousar em um pensamento em branco.....

seus braços ao meu redor......
e sua boca dizendo,
q nunca mais eu a tocaria....

como posso eu hoje,
deixar tudo oq fomos...
morrer?

vc se foi...
e me deixou aqui.......
com uma casa de lembranças,
com um teto de dor,
e um chão de lágrima...

por mais q eu não queira viver nela....
eu acho q tenho q preservá-la,
afinal...
é oq restou....

por isso não sei como,
nem pq,
tenho de deixar isso morrer...

eu sei...
q se nessa casa eu vivesse pra sempre,
nela, a cada porta e janela,
eu veria o fim,
me esperando do lado de fora....

não consigo deixar morrer......
porque só eu mantenho vivo oq fomos.....
não sei se sou capaz,
de te deixar morrer dentro de mim.....

me dói ainda mais,
saber q tanto nesse chão eu ja pisei,
e isso a lugar nem um me levou...
com tanto amor eu sustentei esse teto,
e isso, conforto algum me trouxe...

eu tenho as chaves,
e a porta esta ali.... aberta....
mas....

eu ainda não sei,
se devo deixar, tudo morrer.....
não queria,
e não poderia ter q ser assim......

estou aqui,
sentado no sofá,
onde o filme da minha vida eu ja vi passar,
logo ali, na tv de sangue,
em cima da estante de sonhos quebrados...

sentado aqui,
eu queria dormir....
e não ter q me preocupar....
queria dormir, sabendo...
q sempre viva,
esta casa estará....

Mesmo Sem Mim....

Um comentário:

  1. Em uma opinião sincera de um amigo hipócrita
    Suspeito que você deveria tentar se desapegar
    De que vale um sombrio altar feito de dor
    Quando há muito à vir e à que sonhar?

    Lhe serve à alma como cativeiro
    Cria à sua frente um sinistro limiar
    À sua situação sei que sou estrangeiro
    Mas lhe quero livre ao lhe aconselhar

    Fogo, fogo, fogo, fogo
    Gasolina, coragem, fumaça no ar
    Acenda uma minúscula fagulha
    E deixe tudo se incendiar

    Talvez dolorido demais seja,
    talvez as lágrimas escorram mais que suor.
    Mas sei que ao término da fogueira,
    talvez o mundo pareça um lugar melhor.

    Quando a madeira para de crepitar,
    e somente restam cinzas no ar,
    percebemos que a tristeza nada passa de lenha,
    que nos incita a continuar.

    Eis a opinião de um amigo hipócrita,
    que nada pode fazer senão aconselhar.
    Não posso acender por você
    Mas vou esperar apagar.

    Fogo, fogo.

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